Alexandre O'Neill
Alexandre O'Neill - Divertimento com sinais ortográficos
...
Em aberto, em suspenso
Fica tudo o que digo.
E também o que faço é reticente...
:
Introduzimos, por vezes,
Frases nada agradáveis...
.
Depois de mim maiúscula
Ou espaço em branco
Contra o qual defendo os textos
,
Quando estou mal disposta
(E estou-o muitas vezes...)
Mudo o sentido às frases,
Complico tudo...
!
Não abuses de mim!
?
Serás capaz de responder a tudo o que pergunto?
( )
Quem nos dera bem juntos
Sem grandes apartes metidos entre nós!
^
Dou guarida e afecto
A vogal que procure um tecto.
Alexandre O'Neill, Abandono Vigiado
Alexandre O'Neill - Há palavras que nos beijam
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill, No Reino da Dinamarca
Alexandre O'Neill - Minuciosa formiga
Minuciosa formiga
Não tem que se lhe diga:
Leva a sua palhinha
Asinha, asinha.
Assim devera ser eu
E não esta cigarra
Que se põe a cantar
E me deita a perder.
Assim devera eu ser:
De patinhas no chão,
Formiguinha ao trabalho
E ao tostão.
Assim devera eu ser
Se não fora não querer.
Alexandre O'Neill, Feira Cabisbaixa
Alexandre O'Neill - Divertimento com sinais ortográficos
...
Em aberto, em suspenso
Fica tudo o que digo.
E também o que faço é reticente...
:
Introduzimos, por vezes,
Frases nada agradáveis...
.
Depois de mim maiúscula
Ou espaço em branco
Contra o qual defendo os textos
,
Quando estou mal disposta
(E estou-o muitas vezes...)
Mudo o sentido às frases,
Complico tudo...
!
Não abuses de mim!
?
Serás capaz de responder a tudo o que pergunto?
( )
Quem nos dera bem juntos
Sem grandes apartes metidos entre nós!
^
Dou guarida e afecto
A vogal que procure um tecto.
Alexandre O'Neill, Abandono Vigiado
Alexandre O'Neill - Há palavras que nos beijam
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill, No Reino da Dinamarca
Alexandre O'Neill - Minuciosa formiga
Minuciosa formiga
Não tem que se lhe diga:
Leva a sua palhinha
Asinha, asinha.
Assim devera ser eu
E não esta cigarra
Que se põe a cantar
E me deita a perder.
Assim devera eu ser:
De patinhas no chão,
Formiguinha ao trabalho
E ao tostão.
Assim devera eu ser
Se não fora não querer.
Alexandre O'Neill, Feira Cabisbaixa
Sem comentários:
Enviar um comentário